No período 1970-90, a agenda da igualdade de gênero encontrou oportunidades na ampliação dos regimes democráticos. Mais tarde, nos anos 2000, as reações a essa agenda se ampliaram em um contexto de regressão democrática. Os protestos contra o gênero iniciados na Europa, em 2012, e na América Latina, em 2016, recorrem à linguagem dos direitos, contra garantias para minorias e políticas igualitárias. A noção de «ideologia de gênero» tem sido uma estratégia eficaz para reunir grupos conservadores distintos e angariar suporte para lideranças e políticas autoritárias.