O descontentamento da população tem feito emergir algumas forças políticas de esquerda, especialmente no sul da Europa (como Syriza e Podemos), e provocado realinhamentos em algumas das forças tradicionais, como o Partido Trabalhista britânico. No entanto, apesar de fazer frente a um problema existente – a crescente desigualdade e as políticas pró-mercado –, os novos movimentos tergiversam as soluções ao estabelecer uma clivagem entre «o povo» e «a casta», em um tom populista que dá margem a derivações nem sempre desejáveis. Ao mesmo tempo, novos tipos de soberanismo debilitam o olhar sobre as mudanças que afetam a Europa como um todo.