O Brasil tem ganhado peso na região e no mundo, assim como autonomia em sua política exterior. Entretanto, os avanços em matéria econômica são menos claros e demandam uma análise. Embora o Brasil venha conseguindo altas taxas de crescimento, o pib tem se expandido a um ritmo menor que o de outros países em desenvolvimento, como Índia e China, no contexto de um modelo altamente dependente de capitais externos. O artigo propõe uma política alternativa, o «novo desenvolvimentismo», que defende um Estado financeiramente sólido, sem déficit fiscal, mas que não acredita, como a ortodoxia convencional, que o mercado seja a solução para todos os problemas. Não se trata de um modelo teórico, e sim de uma proposta política para dar sustentabilidade ao crescimento do Brasil.