Quando o governo chinês organizou em Pequim a primeira conferência sino-africana em nível ministerial, em outubro de 2000, estabeleceu um antes e um depois nas relações da China com a África. Esta nova empreitada nas relações sino-africanas surpreendeu os tradicionais sócios africanos, que haviam reduzido sua visibilidade, e os emergentes, que estavam reconsiderando suas políticas para a região. A investida da China no continente representa uma série de dúvidas sobre as intenções da potência asiática. Significa mais da mesma coisa? Os padrões de dominação das potências ocidentais serão repetidos? Ou, ao contrário, será estabelecida uma relação de caráter diferente? Gladys Lechini: professora titular de Relações Internacionais da Faculdade de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Nacional de Rosario (Argentina). É pesquisadora sênior do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) e diretora do Programa de Relações e Cooperação Sul-Sul (Precsur). Palavras-chave: colonialismo, matérias-primas, democracia, Fórum para a Cooperação entre a China e a África, China, África.