Desde 2004, o mercado de trabalho no Brasil tem apresentado indicadores positivos, entre eles o aumento do nível de emprego formal, a queda do desemprego e a melhora na renda média dos trabalhadores. As mudanças representam uma inflexão em relação às políticas neoliberais dos anos 90 e mostram que a flexibilização não tem relação positiva com a criação de empregos. Ao contrário: as oportunidades da economia podem ser incrementadas pela ação do Estado e do movimento sindical. O artigo analisa o processo de formalização das relações de trabalho no país, explica seus principais determinantes e avalia suas consequências na estrutura ocupacional, bem como nas condições de trabalho, nas negociações coletivas, na sindicalização, na desigualdade e na proteção social.