O conceito «BRIC» – o grupo de países integrado por Brasil, Rússia, Índia e China – é uma criação de analistas econômicos que rapidamente se popularizou entre jornalistas e políticos. Já teve conseqüências diplomáticas, com reuniões entre os quatro chanceleres. Este artigo busca uma aproximação crítica ao conceito através da análise das trajetórias históricas, das características econômicas e dos objetivos políticos dos quatro países. Essa indagação revela que, para além da condição comum de potências emergentes, as diferenças são muito relevantes. Finalmente, ressalta-se a importância de que o grupo BRIC assuma uma posição positiva e não se limite a uma agenda puramente defensiva, a fim de avançar no objetivo de aumentar seu protagonismo no sistema internacional.